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Canedo Futebol Clube
Repescagem para a tranquilidadeRaúl Paiva De despromovido dentro de campo à permanência na I Divisão Distrital de Aveiro via secretaria. Foi assim que o Canedo se "viu" no defeso da temporada 2013/2014, quando já atacava a participação na II Divisão Distrital, mas sempre com a esperança de ser repescado para o primeiro escalão. A desistência do histórico U. Lamas, que optou por começar de novo, abriu as portas da manutenção por via alternativa ao Canedo, que assim pôde cumprir a terceira temporada consecutiva entre os "grandes" de Aveiro. A nível directivo, o ''vice'' José Ribeiro assumiu a presidência e João Paulo continuou à frente do plantel sénior. A continuidade de João Paulo não foi surpresa: só faltava saber-se em que escalão o técnico assumiria, pela primeira vez, os destinos do Canedo desde o início da época. Face à instabilidade ocorrida na temporada anterior, assistiu-se a uma - expectável - grande remodelação no plantel, com apenas oito jogadores a transitarem de 12/13. A saber-se: Carlos, Fábio, Pedro Pais, Joel, Bruno Joel, Márcio, Álvaro e João Loureiro. Com cautela, o plantel começou a ser desenhado para competir na II Divisão Distrital, e foi neste escalão que João Paulo encontrou alguns reforços: Ronaldo e Daniel Vítor deixaram o Caldas de São Jorge, João chegou do Argoncilhe e Dani veio do Lobão. A estes juntaram-se Rafa e Cláudio, que haviam passado o seu primeiro ano de sénior no São João de Vêr, na II Divisão Nacional, mesmo escalão de onde chegou Rúben Neves (ex-Cesarense). Da I Divisão Distrital chegaram três jogadores, todos eles para o ataque: Nuno Fruta e Fernando Jorge, ambos ex-Paivense, e Alex, ex-Fiães, que assinou o seu regresso às Valadas, depois de ter contribuído para a subida em 2010/11. Da extinta III Divisão Nacional veio aquele que, porventura, terá sido o reforço mais "sonante": o guarda-redes David, ex-U. Lamas. Houve ainda a promoção dos ex-júniores Xavier e Simão, e a contratação de mais três jogadores no seu primeiro ano de sénior: Valter e Rui ex-Arrifanense, e Pedro ex-Fiães. O campeonato não podia ter começado da pior maneira: deslocação a casa do Gafanha, candidato assumido à subida de divisão, e que havia contratado Cílio Souza, esse mesmo, que eliminou o Benfica da Taça de Portugal no antigo Estádio da Luz. E que marcou também ao Canedo, na goleada imposta pela sua nova equipa aos canarinhos no arranque da prova: 4-0. A goleada foi ainda mais difícil de digerir, até porque o Canedo fez um bom jogo e não merecia perder por tantos. Mas duas vitórias por 1-0, nas duas jornadas seguintes, uma delas em casa do Cucujães, permitiram ao Canedo dar um "salto" na tabela. Seguiram-se dois empates caseiros consecutivos, sem golos, diante de Milheiroense e Mealhada, e outro empate, o terceiro seguido, em Carregosa, a dois golos, com o último golo forasteiro a surgir em cima do minuto noventa. Curioso, é que na jornada seguinte, seria em cima do minuto noventa que Álvaro marcaria ao Paivense, e dava novo triunfo ao Canedo, desta feita por 2-1. E ao fim de oito jornadas, o Canedo era sétimo classificado com doze pontos e com apenas uma derrota, apesar de ter ainda um jogo em atraso, que seria jogado três dias depois, na casa do Alba, que havia adiado o jogo do campeonato devido à deslocação a Alvalade para a Taça de Portugal. Em Albergaria, além de perder pela segunda vez na prova, o Canedo deu início a um ciclo de cinco jogos sem vencer, com dois empates e três derrotas, dos quais se destaca inteiramente o empate a cinco golos (!) diante do Oliveira do Bairro, naquele que terá sido, com toda a certeza, o primeiro embate oficial entre os dois clubes. Quem viu não esquece(rá). Nesse ciclo negativo, há também a destacar a grave lesão sofrida por Pedro Pais em casa da Sanjoanense que tirou o capitão canedense dos relvados durante cinco meses, e a derrota caseira diante do Avanca, que marcou a estreia a perder do Canedo diante dos seus adeptos na temporada 13/14. O regresso aos triunfos aconteceu na casa do Soutense, à jornada 13, por 2-1, e prolongar-se-ia por mais duas jornadas: primeiro na recepção ao Famalicão, vitória histórica do Canedo por 4-3, com uma reviravolta absolutamente estrondosa, depois de entrar nos últimos dez minutos regulamentares a perder por... 0-3!, e na jornada seguinte nova vitória categórica, desta feita em casa do vizinho Fiães, também por 2-1. Decorridas que estavam quinze jornadas, a duas do fecho da primeira volta, o Canedo era a grande surpresa da prova ao ocupar o sexto lugar, à frente de formações como Águeda, Avanca e do próprio Fiães. Para completar a primeira volta, autêntico pesadelo vivido em Águeda, com derrota por impensáveis 7-0, e novo triunfo, na recepção ao Esmoriz, por 3-2, depois de ter estado uma vez mais em desvantagem. Por esta altura, já o plantel havia sofrido alterações: Fernando Jorge saiu no início do mês de Dezembro, Dani seguiu-lhe as pisadas, e o ex-júnior Simão acabaria também por ele 'abandonar' a equipa. Para colmatar estas baixas, João Paulo decidiu apostar nos regressos de Canedo e Manú - o médio chegou duas semanas antes do lateral -, tendo contratado ainda o médio-ofensivo Samú, que à semelhança de Manú, não havia tido uma passagem muito feliz pelo União de Lamas. O 'ataque' à segunda volta até nem começou mal, com um empate caseiro na recepção ao Gafanha, mas nas quatro jornadas seguintes, o Canedo não conheceu outro resultado sem ser a derrota, e para piorar a situação, três dessas derrotas haviam sido diante de adversários directos na luta pela permanência. A primeira vitória na segunda volta aconteceria na Mealhada, por 1-0, à Jornada 23, que serviu para confirmar uma tendência algo "estranha": nas últimas três épocas, Canedo e Mealhada empataram nas Valadas, sempre em decréscimo (2-2 em 11/12, 1-1 em 12/13 e 0-0 em 13/14), enquanto que na Bairrada, só tem dado vitória canedense. E que seja sempre assim. Nas três jornadas seguintes, três resultados distintos: empate em casa com o Carregosense, derrota na deslocação ao Paivense e vitória na recepção ao lanterna-vermelha Valonguense. Com este triunfo, e a oito jornadas do fim, a permanência era cada vez mais um dado adquirido, até porque o número de descidas desta temporada seria muito inferior em relação à época transacta. Talvez por isso, a equipa descomprimiu mais do que devia e sofreu três derrotas consecutivas, que nunca puseram em causa a permanência. E nas últimas cinco jornadas, quatro empates e uma vitória: o triunfo em Famalicão foi uma espécie de confirmação definitiva da manutenção, e o empate caseiro com o Fiães a dois jogos do fim, serviu apenas para a confirmação matemática do objectivo da temporada: fazer com que o Canedo continuasse, pelo menos mais um ano, na I Divisão da AF Aveiro. E vai continuar. Em jeito de balanço final, resta-me acrescentar que a primeira volta sensacional do Canedo foi a grande "âncora" para alcançar a permanência: é que os "canarinhos" foram a segunda pior equipa da segunda volta, com apenas 15 pontos somados, superando apenas o Valonguense, que obrigado a recorrer aos Juniores, somou dez pontos no total e... dois na segunda volta. Pelo terceiro ano consecutivo, o Canedo chegou ao fim do campeonato com 41 pontos somados. As diferenças, é que desta vez fez menos uma vitória do que nas duas épocas anteriores e somou mais três empates. Sofreu também menos duas derrotas, e em relação à época passada até fez mais um golo, sofrendo, porém, mais seis, e ficando com a quinta pior defesa da prova. A manutenção foi mais do que justa, até porque João Paulo viu-se privado dos capitães durante muito tempo: Pedro Pais esteve de fora cinco meses; Bruno Joel três e Márcio dois. Os 'velhinhos' fizeram falta, mas quem jogou acabou por dar, mal ou bem, 'conta do recado'. E isso foi o que mais importou. A repescagem no início da época foi apenas o primeiro passo para uma época tranquila. O momento - 14ª Jornada: Canedo 4-3 AC FamalicãoÀ 14ª Jornada, na recepção ao penúltimo classificado Famalicão, o Canedo tinha uma boa chance de fazer a segunda vitória consecutiva, e ganhar novo fôlego na tabela classificativa. Porém, ao intervalo, e com duas grandes penalidades, o Famalicão já vencia por 0-2 e chegaria ao terceiro golo ao minuto 63'. O público presente nas Valadas começava a levar as mãos à cabeça, e apesar da reacção da turma da casa, nada fazia prever o que aconteceu: aos 82' minutos, Alex reduziu para 1-3; a bola foi ao centro, o Canedo recuperou-a, meteu-na frente, e Samú, em tarde de estreia, fez o 2-3. Chegados ao minuto noventa, houve quem abandonasse o recinto já pouco crente noutro resultado que não o 2-3, mas aos 90+2' minutos, João Loureiro desviou, dentro de área, para o 3-3. Foi a loucura, mas isso não seria nada comparado ao que se viveria três minutos depois: Samú, num remate de fora-de-área, assinou o 4-3, e com um bis no dia de estreia, deu uma vitória histórica ao Canedo. Este triunfo catapultou o Canedo para a permanência, porque apesar de faltarem vinte jogos para o fim e nada estar decidido, a cambalhota no marcador de forma quase miraculosa, embalou o plantel para novo triunfo na jornada seguinte, em casa do vizinho e rival Fiães, também ele inesperado, e que foi mais uma prova de que o Canedo tinha de ser levado em conta. A figura: AlexÉ certo que nenhum jogador se destacou individualmente a ponto de merecer uma referência como melhor jogador da época canedense, mas se alguém tem que ser considerada a figura da época, esse alguém é Alex. De regresso ao Canedo após ter contribuído para a subida em 10/11, apontou dez golos, nove deles no campeonato, e dividiu um golo a meias com Leandro do Mourisquense, que abriu caminho ao primeiro triunfo da temporada. Além disso, outro factor de relevo: sempre que marcou no campeonato, o Canedo nunca perdeu. Os seus golos significaram ainda pontos 'directos' nos empates caseiros com Soutense e Águeda, além de ter feito os dois golos da vitória em Souto, numa partida em que até começou como suplente. Marcou também para a Taça, no Furadouro, mas aí o seu golo de nada valeu. Um ponta-de-lança que merece 'voos' mais altos. A revelação: FábioSem nenhum lateral direito de raiz no plantel, João Paulo começou por dar o lugar ao extremo Rafa, mas rapidamente deu o lugar ao também extremo Fábio, que nas duas últimas temporadas, as primeiras como sénior, já vinha ganhando rotinas na posição. O jovem natural de Canedo agarrou o lugar durante grande parte da temporada, tendo falhado apenas os últimos cinco jogos, uns por opção e outros por lesão, além de ter sido expulso em casa da Sanjoanense à Jornada 11. No total somou 25 partidas no campeonato, 23 como titular, e afirmou-se com clareza, pese embora não sendo um jogador 'agressivo' e não sendo lateral de raiz, acabou por compensar com outras virtudes, uma delas o facto de não se aventurar muitas vezes no ataque, ou seja, dando sempre, e bem, primazia ao lado defensivo. No lote das revelações, destaque também para Rui, que chegou dos Juniores do Arrifanense, e além de mostrar qualidades para se afirmar enquanto sénior, relevou um grande sentido de polivalência, chegando a jogar em duas posições que não a sua. A desilusão: Campanha na TaçaPelo quinto ano consecutivo, o Canedo caiu da Taça de Aveiro na primeira eliminatória. Depois da conquista em 2001, só em 08/09 o Canedo conseguiu ir longe na Taça, caindo aos pés do Estarreja com uma pesada goleada. Mas, voltando à época 13/14, o sorteio ditou que o Canedo se deslocasse ao terreno do Furadouro, estreante nas andanças do futebol sénior, e que fez furor ao bater os 'canarinhos' por 2-1. É certo que João Paulo mexeu na equipa, é certo que ficaram de fora alguns titulares, mas isso não pode servir de desculpa para uma equipa que tem tradição na Taça. Esta foi a grande desilusão da época. |
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